Movimento camponês que teve seu inÃcio nos idos de 1954, fundado no Engenho Galiléia, em Vitória de Santo Antão, Pernambuco, onde trabalhavam 140 famÃlias que produziam mandioca, frutas, legumes e algodão em pequenos lotes, pelos quais pagavam um "foro" (aluguel) anual. Teve entre seus fundadores José dos Prazeres e projetou lÃderes como Francisco Julião, Clodomir de Moraes, João Pedro Teixeira e Elizabeth Teixeira. Ameaçadas de despejo, se organizam e fundam, em 1955, a Sociedade AgrÃcola de Plantadores e Pecuaristas de Pernambuco, depois conhecida por Liga Camponesa, criando uma associação de ajuda mútua cujos objetivos eram: fundar uma escola primária; organizar um fundo funerário para enterrar as crianças; obter facilidades para adquirir implementos agrÃcolas (sementes, etc.). Em 1959, o engenho foi desapropriado. Apesar da violência dos latifundiários, as Ligas cresceram rapidamente. Por volta de 1960, havia 35 mil associados em Pernambuco e 70 mil em todo o Nordeste. Muitos lÃderes tombaram defendendo a "Reforma Agrária na Lei ou na Marra", a palavra de ordem das Ligas Camponesas que existiram até 1964, quando foram colocadas na ilegalidade e perseguidas. Funcionaram basicamente nos estados do Nordeste, com maior força em Pernambuco, ParaÃba e Alagoas" (Fernandes, Bernardo Mançano e Stedile, João Pedro. Brava gente: a trajetória do MST e a luta pela terra no Brasil. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 1999, nota 3, p. 16 e Calendário Histórico dos Trabalhadores. São Paulo: MST, Setor de Educação. 3a. edição, 1999, p. 33). V. FRANCISCO JULIÃO e JOÃO PEDRO TEIXIEIRA. |